A Fada

 


Tudo é mais suave quando ela surge
fada benigna, de emoção inesgotável
amordaçando no vazio, as más-línguas que tentam
na ausência do meu amor-próprio, atirar-me à selva escura.
Tentativa à qual, por vezes,
num voluntário acatamento obedeço e deixo-me conduzir.
 
Ela, toda expansibilidade em espírito e palavras
exuberando pelo Universo na sua presença
incorpórea e inteligente,
vestida de uma felicidade descontraída
traz na sua coroa de rainha,
o reflexo dos ribeiros cristalinos da minha infância,
os caminhos revestidos de arminho, onde aprendi a andar
e o céu noturno de lua bonita que dançava
no cimo das serras do meu mundo infantil...
 
É ela, a poesia... frescura rara que esconde
a idade real do brasão que traz ao peito!

 

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