Autobiografia ficcional- Ada Abaé

    Sou nova, entre aquelas tantas outras que fui. Algumas ainda me visitam.

Necessito aprender a dizer-lhes adeus com paz para que possam partir tranquilamente.

    Quero trabalhar arduamente, não para esquecer quem fui, mas para me aceitar e deliciar-me na vida, através daquela que vai crescendo dentro de mim.

    Sou filha de seres que em qualquer parte do Universo, antes da vida terrena, quase atingiram a perfeição, mas como entre o quase e o completo habitam falhas, foi-lhes requerida uma volta à escola. Desceram à Terra. Provavelmente amaram-se e de um momento de entrega nasci eu, que também necessitava de aperfeiçoamento.

    Os dois já partiram. Com um déficit maior de perfeição.

    Apesar de tudo sou grata pelo que me ensinaram e continuo empenhada no crescimento para que a minha vinda à vida tenha um resultado positivo. Isso significa dar asas à minha essência, aprender a amar-me para poder amar todas as coisas.

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