Aqui
Despeço-me lentamente da noite que se vai,
sinto o dia ainda como sombra encantada
e ouço a chuva que mansamente cai
acordando inconsciente a casta madrugada.
hora nua, insensível e de rudes melodias,
saqueia da minha boca, a tal graça,
que apagaria da minha alma as rugas fundas e frias.
após esta noite sempre acordada
se visse o sol nascer no poente
e o sentisse, como eu, estrela desorientada.
Comentários
Enviar um comentário